Fere um grilo, serrazim.
Silêncio.
E os insetos, são milhões.
O mato – vozinha mansa – aeiouava.
O mato – vozinha mansa – aeiouava.
Do outro mato, os respondidos.
Um peixe espiririca, um trapejo de remo.
Um gemido de rã.
O seriado túi-túi dos paturis e maçaricos, nos piris do alagoado.
Nunca há silêncio.
As ramas do mato, um vento, galho grande rangente.
As árvores querem repetir o que de dia disseram as pessoas.
Frulho de pássaro arrevoando – decerto temeu ser atacado...
No silêncio, nunca há silêncio.
Se assoviaram e insultaram os macacos, eles se abraçam com frio.
Tiniram dentes.
Reto voa o notibó, e pousa.
O chororocar dos macucos, nas noites moitas, os nhambus que balbuciam tremulantes.
Se a pausa é maior, as formigas picam folhas;
e as formigas que moram em árvores.
Uma coruja miou, gosmenta.
Uma coruja miou, gosmenta.
A coruja quer colóquio.
Sapos se jogam de sua velha pele. Esses são feiticeiros.
O vento muda é para se benzer em cruz.
Há um silêncio, mas que muitos roem, ele se desgasta pelas beiras, como laje de gelo.
Sapos se jogam de sua velha pele. Esses são feiticeiros.
O vento muda é para se benzer em cruz.
Há um silêncio, mas que muitos roem, ele se desgasta pelas beiras, como laje de gelo.
Mas se o senhor quiser ouvir só o vento, só o vento, ouve.
Cada um escuta separado o que quer.
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